terça-feira, 9 de dezembro de 2014

BALADA SIDERAL

              Escrita e desenhada com primor pelo amigo Rafael Senra, Balada Sideral é uma boa aposta para quem curte histórias em quadrinhos alternativas. O cenário futurístico e situado no espaço sideral é inspirado no filme Blade Runner e na série de HQs Love and Rockets (que aliás são quadrinhos dos anos 80 com um conceito que já fez meu olho crescer...vou dar uma olhada e quem sabe o próximo post), nos conta Rafael, mas a caracterização dos personagens, o estilo do desenho e o trio de amigos que se aventuram e influenciam a vida uns dos outros me remeteu à premiada Strangers in Paradise, de Terry Moore.
               O choque entre duas culturas é um aspecto que iremos notar em Balada Sideral, com o encontro entre o jornalista Markum, habitante da Multigaláxia e os irmãos Molten na Rustigaláxia. Em uma reunião virtual em que se comunica com os colegas de trabalho a partir de sua própria casa, Markum recebe a misteriosa missão de entrevistar os músicos conhecidos como Irmãos Molten. Enquanto a vida hipocondríaca de Markum se desenrola mediocremente na Multigaláxia, na Rustigaláxia as pessoas vivem de forma mais livre, saudável, e em contato direto com a natureza e essa busca pelo contato com os Irmãos e a mudança de cenário e perspectiva de vida irá mudar a vida dos três protagonistas da história. O que aliás eu poderia até conectar com a filosofia deleuziana: o hipocondríaco como um daqueles arquétipos humanos que busca o Corpo sem Òrgãos. Estaria Markum nessa busca inconsciente por um campo de intensidades, ou mais: estaria ele se anestesiando de uma vida interior verdadeira, ao tentar controlar seu organismo, se superproteger, controlar todas suas reações fisiológicas a partir da ingestão de substâncias e os Irmãos Molten, que habitavam cenários menos urbanos e controlados, vivendo de sua habilidade musical e vontades, estariam vivendo em pleno Corpo sem Òrgãos? Já em um campo de intensidades percebidos através dos exercícios de ritmo,  voz, composições e seu contato com pessoas verdadeiras e com a natureza?  A travessia e transformação de Markum, ao abandonar velhos hábitos e se entregar a um novo modo de viver seria um abandono de uma vida de representação para entrar na diferença em si, com a descoberta do que difere singularmente para si e assim experimentar o mergulho em um plano de imanência. Esse choque de culturas e transformação pessoal me lembrou também a velha fórmula da Marion Bradley em Darkover, um planeta onde terráqueos e darkovanos têm confrontos culturais, mas onde um protagonista se descobre sua potencialidade. Voltando para mais perto da Terra a gente poderia pensar Balada Sideral é uma transposição espacial do conflito terráqueo vivido pelos habitantes dos grandes centros, com vidas controladas, vantagens culturais e econômicas, mas riscos à saúde, stress e aqueles das cidades pequenas e pacatas, interioranas, que oferecem qualidade de vida, como ar puro, tranquilidade (mas que não deixa de ter problemas.). Vemos Markuns e Irmãos Molten o tempo todo por aí e nos resta escolher em qual universo iremos habitar.
            Ler a Balada foi me empolgando pela riqueza de detalhes, pela sensibilidade, evolução da história e dos personagens, o traço leve e suficiente! Deu gosto de quero mais e uma sensação que já estive naqueles cenários em sonhos... Aliás tudo tem um aspecto onírico nesse gibi, os carros flutuando no espaço cósmico, as casas e castelos que aparecem e desaparecem conforme comandos dados, as novas roupas e o jeito flutuante e meditativo com que entraram na Grande Pira. Vale a pena conferir a história, quadrinhos genuinamente brasileiros, com uma qualidade universal!
              Quem quiser conhecer, pode comprar a revista nesse endereço:
http://www.bartlebeedeli.com.br/pd-156b53-balada-sideral.html Ou na livraria Saraiva ou com o próprio Rafael. E aproveitem, pois as grandes editoras não costumam publicar um material bacana assim.












http://rafaelsenra.com/balada-sideral/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Cisma!

Foi publicado esse mês uma história introdutória para saga O Cisma (The Schism) que vai rachar os X-men em duas novas equipes, uma que segue Ciclope e outra Wolverine. Ainda não foram definidos os motivos exatos da racha entre os dois ícones dos X-men, mas a história introdutória, publicada em X-men cento e vinte e algumas coisas tem um clima pesado, onde todos X-men estão a espera de uma ameaça que pode levá-los a morte. Xavier questiona a autoridade de Ciclope, relembrando fatos passados onde teve que domar decisões difíceis para o futuro da espécie. O Magrão passa também pelos conselhos de Magneto que revela uma parte nunca antes mostrada da própria adolescencia em um campo de concentração. Se você perguntar pra qualquer um quem é mais durão na Marval, Ciclope ou Wolverine, logo responderão que é o Wolverine, por ser mais agressivo e selvagem. Mas a introdução de  O Cisma trouxe um ponto de vista bastante interessante sobre a personalidade do Caolho. Líder, extremamente auto-controlado e crítico, Ciclope não demonstra um pingo de emoção desde a última morte de sua amada Jean Grey. Depois disso ele mudou radicalmente, se casou com uma ex-vilã (Emma Frost), e permitiu algumas atrocidades que não permitiria antes, como a criação da nova e assassina X-Force e a guerra desenfreada pela vida de Esperança Summers. Não sei o que o futuro reserva, mas não gosto do Ciclope desde que ele traiu a Jean Grey, e logo com a Emma Frost! Os roteiristas tem feito um excelente trabalho, ao longo de alguns anos, pois a personalidade do Ciclope está cada vez mais num esquema de panela de pressão, muitas emoções abafadas e uma máscara de frieza e auto controle que quando for retirada só Deus sabe o que poderá revelar!! Pensei que essa saga seria bobinha, mas acho que O Cisma vai render umas boas histórias!
 
 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

X-MEN: COMO ORIENTAR SUA LEITURA NO MEIO DE QUARENTA ANOS DE PUBLICAÇÃO

Fonte: Uncanny X-men.Net
Tradução Livre: Waldir Neto


INTRODUÇÃO: ONDE VOCÊ COMEÇOU?

Se não tiver ficado lendo quadrinhos ao longo dos últimos quarenta anos, uma pessoa que chegou agora deve sentir que chegou meio tarde ao universo X-men. Criados por Stan Lee e Jack Kirby em 1963, os X-men desfrutaram de quarenta anos de histórias, o que levou a quarenta anos de história e continuidade. Alguém chegando ao mundo dos X-men hoje, deverá encarar um senso quase esmagador de estar atrasado em relação ao primeiro dia de publicação da franquia.

Esse artigo pretende dar aos novatos alguns pontos de referência para mergulharem no mundo dos X-men, ao invés de simplesmente arremesá-los nas profundezas finais da piscina. Será dada uma visão bastante geral, seguidas de sugestões sobre como proceder. Não uma maneira errada ou uma maneira correta de ler os títulos dos X-men ou das milhões de aparições de seus personagens no passado.  Esperançosamente, essa cartilha irá ajudar os chegantes a encontrarem os melhores caminhos para essas leituras.


CAPÍTULO 1 - 1963 - Uma criação menos sucedida.

O começo da década de 60 era uma Renascença dos quadrinhos, o que é conhecido hoje em dia como o coração da "Era de Prata" dos quadrinhos. No centro dessa era, está o surgimento da Marvel Comics, graças aos gênios criativos de Stan Lee e Jack Kirby. Dentre suas criações e criações de outros criadores da Casa das Idéias, estão Quarteto Fantástico, O Incrível Hulk, O Espetacular Homem-Aranha, Thor, Demolidor, Vingadores e outros. Foram nesses mesmos anos que os X-men foram criados. Supostamente, Stan Lee havia aparecido com a idéia de "mutantes" - humanos nascidos com um especial "Fator-X" no seu código genético, o que lhes daria super poderes - porque ele teve tempos difíceis com explicações sobre como os heróis e vilões obtinham seus poderes.

Ao mesmo tempo, Lee e Kirby surgem com histórias de ficção científica análogas aos problemas sociais do mundo real: racismo. Enquanto os heróis do Universo Marvel tinham sua cota de angústia, os heróis mutantes tinham que lidar com o ódio por "sua espécie". Ao contrário dos heróis que ganham seus poderes a partir de raios cósmicos ou aranhas radioativas, a população geral estava receosa com mutantes - os então chamados "Homo superior", que diziam ser o próximo passo evolucionário da espécie humana. Como os Neandertais substituídos pela humanidade, mutantes pareceriam ser o que substituiria o Homo sapiens.

Ao longo das últimas quatro décadas, a história passada dos X-men e seu fundador, Charles Xavier, seria explorada e explicada. Entretanto, quando os X-men apareceram pela primeira vez, no outono de 1963, a revista tinha uma premissa muito simples: o misterioso e  exigente Professor Charles X dirigindo uma escola para mutantes adolescentes, que se vestiam como X-men.

A primeira aparição foi numa série simplesmente chamada "X-men" . Não foram muitos anos depois que o adjetivo "Fabulosos" foi adicionado antes do nome da franquia.  Como resultado, o título que começou em 1963 e continua até hoje como "Uncanny X-men"  Esse título será referido aqui apenas como X-men (primeira série) até a edição 147 (norte-americana) quando ganhou o adjetivo Uncanny, e depois, mais adiante nos referiremos a X-men (segunda série).

Ao longo de seus primeiros anos de publicação, X-men (1.a série), introduziu todos do que muitos devem considerar como os vilões clássicos da galeria de inimigos: Magneto, a Irmandade de Mutantes, Blob, Sentinelas e Fanático.  Provavelmente não coincidentemente, os vilões clássicos deixaram de aparecer a partir do número 17, o que marcou a última contribuição de Jack Kirby para o título.

Enquanto os X-men são de fato uma criação de Lee e Kirby, eles realmente pareciam menos inspirados para os leitores do dia, quase sendo aquele "outro" título. As vendas eram tão baixas, que o título foi cancelado no número 66. Nove meses depois, a série foi reiniciada, entretanto ao invés de trazer novas histórias apenas reeditava histórias antigas. Isso continuaria até o número 93.

Entre a sua primeira aparição em 1963, e o cancelamento do título em 1970, os X-men, que incluíam Professor X, Ciclpe, Garota Marvel, Fera, Homem-de-Gelo e Anjo - depois incluiriam - Mímico, Destrutor e Polaris, e, embora numa maneira retroativa e  confusa, o Changelling.  ( E eu leio X-men há pelo menos 20 anos e nunca tinha ouvido falar desse personagem nos quadrinhos, a não ser uma versão que até então pensava que existia apenas no desenho animado. Abaixo uma imagem do Mutano, Metamorfo, Morfo, sei lá como isso se chama aqui no Brasil.)


CAPÍTULO 2- 1975- Novos X-men: de segundo escalão à revista mais vendida do país.

A despeito da mediocricidade da primeira década de publicações dos X-men, o foco do mundo dos quadrinhos mudou com o lançamento de X-men Giant Size #01, em 1975. Nessa edição única, Ciclpe e o Professor X reunem um novo grupo de X-men para resgatar os antigos de uma missão que dera errado. Nesse grupo estavam Banshee, Tempestade, Wolverine, Solaris, Pássaro Trovejante, Colossus e Noturno. Logo após a publicação especial, o título X-men retorna a partir do número 94, escrito por Chris Claremont.  Pelos próximos quinze anos, o nome Claremont seria um sinônimo de X-men.

Quando o título retorna a partir do número 94, a maioria dos X-men antigos deixa o grupo, restando apenas Ciclope.  Solaris parte imediatamente, pois não queria ser parte de uma equipe e Pássaro Trovejante morre em sua segunda missão. Entretanto, com exceção da saída de Banshee, no número 129 e a adição de Lince Negra (e as vezes do Anjo), o time dos X-men permaneceu estável por alguns anos.

Durante esses anos, os X-men cresceram em popularidade, virando uma casa de força em termos de vendas e linhas de histórias. A saga da Fênix, começou logo após o novo "re-lançamento" dos X-men, no número 101, quando Jean Grey aparentemente morre, somente para ser ressucitada através do poder de uma entidade de altíssimo nível, chamada a Fênix.  Enquanto a continuidade posterior alteraria a continuidade dessa linha de histórias lentamente, Chris Claremont e John Birne (que era co-roteirista da série na época) levaria à muito elogiada Saga da Fênix Negra, na qual o imenso novo poder corrompe Fênix em uma ameaça malevolente tão poderosa que poderia ser detida apena por suas próprias mãos. Foi durante essa época que muitos X-personagens chave foram adicionados, como Lince Negra, Vampira, (a primeira X-vilã reformada permanente), e Rachel Summers, depois conhecida como Fênix II. Também foram introduzidos alguns vilões recorrentes, como Mística e sua Irmandade de Mutantes, os Morlocks, a Ninhada, o Clube do Inferno eNinrod.

CAPÍTULO 3 Anos 80 - O início da Franquia.

Era praticamente inevitável: o sucesso da revista X-men fez com que a Marvel a transformasse numa franquia.  Apesar de não ter sido originalmente concebida para isso, a revista própria da Cristal pode ser vista como a primeira séria extra dos X-men. Com esse título, a Marvel queria agradar uma audiência feminina e interessada em música, e a personagem fez algumas aparições promocionais nas principais revistas da editora (Quarteto Fantástico, Homem-Aranha), antes da sua própria revista começar. O fato da Cristal ser uma mutante era de menor importância no início; era só uma maneirá fácil de explicar seus poderes. Entretanto, é apenas esse pequeno detalhe que se tornou digno de nota: Cristal foi a primeira a ter um título solo, muito antes de ser lançada a revista do Wolverine.  Conforme o tempo passava, o status de mutante da Cristal foi se tornando mais e mais enfatizado. Depois, a heroína virava suas costas para a música, se tornando totalmente uma superheroina. Mais tarde ela se junta aos X-men.

A segunda série extra dos X-men foi a revista solo dos Novos Mutantes. Durante a saga dos X-men na qual eles foram para o espaço lutar contra a Ninhada, as circunstâncias forçaram  o Professor X a alistar novos recrutas para sua escola. Esses 'novos" mutantes tiveram sua primeira aparição em 1982, numa Graphic Novel, que levou a sua própria revista em março de 1983. Os primeiros Novos Mutantes eram Míssil, Karma, Miragem, Mancha Solar e Lupina. Depois das primeiras cem edições se juntaram a eles, Cifra, Magia, Warlock, Magma, Dinamite, Rusty, Skids e Rictor. Ao longo da série, esses jovens cresceram em maturidade, graças à liderança de três diferentes professores. O primeiro foi o fundador, Charles Xavier. No entanto, quando as circunstâncias levaram a sua partida, o grupo ficou sob a tutela do antigo inimigo de Xavier, Magneto, que atualmente se reformou novamente. Infelizmente, quando Magneto não foi mais capaz de cumprir essa missão, o grupo vagou por conta própria até ficarem debaixo da asa do enigmático Cable, que rapidamente começou a transformá-los num esquadrão de luta mais militarizado. Foi nesse espírito que a série encerrou em 1991 e foi substituída pela primeira série de X-force.

Outra série do inicio dos anos 80 foi Tropa Alfa.  Eles não somente fizeram sua estréia em X-men 120, mas eram também conectados ao Wolverine, pois o mutante canadense havia trabalhado para o Departamento H antes de se juntar aos X-men,.  A Tropa Alfa meio que pertencia às X-franquias, devido ao imenso número de mutantes entre suas equipes. Atualmente o grupo contèm elementos dos três outros maiores grupos da Marvel . Assim como os Vingadores, a Tropa Alfa tinha laçoas com seu  governo, e contava com deuses, místicos, superhumanos ágeis, e mentes inventivas em armaduras de batalha auto-projetadas dentre seus membros. Do Quarteto Fantástico, a Tropa Alfa meio que adotou o sentimento familiar, com vários membros se relacionando uns com os outros, ou tendo amizades próximas por toda a vida.

A primeira série de revistas da Tropa Alfa teve impressionantes 130 edições, de 1983 a 1994. Durante esse tempo, a série conquistou inúmeros fâs "duros na queda", que gostavam da intricada continuidade que se devolvera ao longo dos anos. Entretanto, a mais definitiva era será sempre as primeiras 28 edições, escrita e desenhada por John Byrne. Mas ele mesmo não imaginava a alta qualidade do seu próprio trabalho com a Tropa Alfa, foi ele que pôs os fundamentos para anos de história em potencial, criando personagens como o primeiro super-herói abertamente homossexual da Marvel, ou uma personagem que sofre de um distúrbio dissociativo da personalidade, com suas diferentes personalidades desprezando umas ás outras. Apesar da publicação de uma segunda série da Tropa Alfa com 20 edições entre 1997 e 1999, e uma terceira com apenas 12 edições entre 2004 e 2005, nenhum desses relançamentos pode capturar a atenção da audiência por muito tempo. Ambas tentativas deixaram de fora a maioria dos membros clássicos da Tropa Alfa e ao invés disso uma porção de novatos, criando nos leitores um sentimento de que foram trapaceados, pois essa não era a Tropa Alfa que eles queriam ler.

Apesar de nova série que era, era um novo lar para os X-men originais, que eram todos reunidos novamente na revista do X-Factor. Desde que os novos X-men haviam se formado, os originais foram separados, e depois de Ciclope deixar a equipe, não havia mais membros da equipe original no título.  Entretanto, eles seriam reunidos, depois de anos acreditando que Jean estava morta, o grupo aprendia que a entidade chamada Fênix tinha sido apenas uma duplicata e que Jean jazia embaixo do mar em um casulo protetor. Juntos novamente, o quinteto formou a organização chamada X-Factor, que agia publicamente como uma companhia totalmente humana e caçadora de mutantes, mas operava clandestinamente como um santuário para jovens mutantes que resgatavam. Como haviam sido ensinados por Xavier muito tempo atrás, a equipe do X-Factor agia como mentores de uma nova geração.

O tempo de duplicidade do X-Factor, como companhia caça-mutante e o grupo de renegados mutantes conhecidos como X-Terminator (um nome posteriormente adotado por seus tutelados) foi curto e o grupo se revelou para o público e rapidamente se tornaram considerados heróis para a cidade. Eventualmente, os eventos conspirariam para reunir esses antigos X-men com suas estranhas e atuais contrapartes, mas durante as 69 primeiras edições o X-Factor encararia diversas ameaças e seriam os primeiros a encarar a ameaça do Apocalipse. Foi nas mãos desse adversário que um deles, o Anjo, foi transformado em Arcanjo, um evento que tem afetado esse personagem até hoje.

A partir do número 70, a revista mudou seu foco, mas continuaria até o numero 149 quando é cancelada. Anos depois disso, o título (somente no nome) seria ressucitado em 2002 como um minissérie de quatro edições estrelando com todos personagens novos. Essa série foi substituída por uma nova em 2005 e quem vem sendo publicada até os dias atuais.

Em 1986, 10 anos haviam se passado desde a chegada dos novos X-men de Giant Size e então o título dos X-men foi relançado a partir do # 94. A fim de trazer uma nova geração de leitores para a crescente história dos novos X-men, a Marvel começa uma série denominada simplesmente "Classic X-men", em setembro de 1986.

A primeira edição dessa série parcialmente republicava a Giant Size #01, com a segunda e seguintes edições trazendo X-men a partir do # 94. Como material bônus ou reserva para novas capas, as edições traziam páginas adicionais de arte. E também, durante as primeiras 44 edições, haviam histórias originais adicionais, contendo cerca de oito páginas cada.  Outra mudança que ocorreu nessa série foi a mudança do nome do título de "Classic X-men" para "X-men Classic". Issa mudança fez parte de um esforço da Marvel para agrupar o maior número de X-títulos reunidos no mercado.  Essa série teve um total de 110 edições, sendo cancelada em julho de 1995 com a republicação de Uncanny X-men # 206.

Duas novas séries começaram em 1988. A primeira, Excalibur, incluía três antigos X-men e dois personagens da franquia britânica da Marvel. Rapidamente, antes e depois do Massacre de Mutantes, em Uncanny X-men, Noturno, Fênix e Lince Negra foram forçados a deixar a equipe. Depois de um período de recuperação, os três foram tragados através de uma história do Capitão Britânia e Meggan, da Marvel britânica, e a história se chamava Excalibur: A Espada é sacada, publicada em 1987. Em outubro de 1988 começava a série solo do Excalibur, que teria 125 edições.

Nesse meio tempo, o Excalibur tentou demarcar sua própria seção do X-universo, contando pesadamente com temas e personagens da Marvel britânica. os quais poucos leitores fora do Universo Marvel britânico eram familiarizados. E também, em contraste com os temas "escuros e sujos" dos X-men, Excalibur era uma história com o coração muito mais leve, entretanto não era exatamente uma história em quadrinhos de humor. Além disso, pelos primeiros 50 números da revista, o Excalibur interagiu muito pouco com o restante do Universo Marvel, mas sua conectividade cresceu com a posterior adição dos membros Colossus, Lupina, Douglock e Amanda Sefton. O personagem completo e original Pete Wisdom foi também uma adição posterior e esse personagem seria um que se tornaria personagem recorrente em outros títulos após o cancelamento da revista, com 125 edições em 1988. A série foi eventualmente seguida por uma nova série Excalibur em 2001 e durou até 2005.
A segunda série que começou em 1988 foi Wolverine. Sendo o X-men mais popular, Wolverine já tinha tido uma minissérie solo, com quatro edições, em 1982, o que deu origem à revista solo do canadense.  Pelas primeiras 30 edições, o foco da revista eram as explorações de Wolverine à ilha Madripoor, onde Wolverine adota o codinome de "Caolho". A partir do número 31, no entanto, a revista passou a focar mais o passado de Wolverine, começando a explorar suas memórias, e o levando a questionar quais delas eram reais e quais eram possivelmente fabricadas. Foi também durante essa fase que seu passado com a Raposa Prateada e seu tempo como um agente governamental durante os anos 60 foi explorado. Muitas dessas histórias podem ser vistas como precursoras para a série Wolverine Origens, muitos anos antes. A partir do # 75 começariam as histórias do Wolverine sem adamantium. Essa série tem um total de 189 edições e ainda é publicada.



CAPÍTULO 4- Anos 90: A explosão da franquia.

Nos primeiros meses de 1991, a Marvel estava publicando diversos X-títulos. Durante os próximos anos, os X-títulos pipocaram e era difícil seguir todas as linhas de histórias. Em abril de 91 a primeira revista dos Novos Mutantes é cancelada. Depois de oito anos, a premissa inicial da série havia mudado e os antigos "Novos" Mutantes haviam crescido e estavam se tornando herois por conta própria. Para refletir essa mudança, bem como a nova direção militarísitca assumida pelo novo líder da equipe, Cable, a equipe se tornou X-Force, que começou em agosto de 1991.

Pelas primeiras 70 edições, a equipe era instruída ou trabalhava junto com seu fundador, Cable. A tempo, o grupo havia rejeitado seu antigo líder (Magneto) e passaram a agir por conta própria. Ostensivamente com os mesmos antigos membros dos Novos Mutantes de tanto tempo atrás, os membros da X-force de agora haviam amadurecido. Estavam na idade adulta e queriam se virar por conta própria. E foi exatamente o que fizeram pelas próximas 46 edições, até que em 2001, quando o título foi reformulado, e se tornando outra X-Force, no nome somente. Nesse ponto, o rol da X-Force incluía os membros fundadores Cable, Míssil, Dominó, Dinamite (depois Fusão), Feral, Shatterstar e Pássaro Trovejante II.  Membros posteriores incluiriam Siryn, Mancha Solar, Rictor, Caliban, Moonstar (antes Miragem), Jesse Aarason e Peter Wisdom.


Anos depois do cancelamento dessa série, os personagens da série original retornariam em 2004 numa minissérie de seis edições chamada X-Force. Marcando um retorno de Rob Liefeld ao conceito de sua criação, Cable chama a maioria de seus ex-recrutas para uma missão contra uma ameaça de seu tempo. De tudo, a série não foi terrivelmente bem recebida, com os fãs notando que a arte era copiada de uma arte de dez anos atrás, e a maioria dos personagens agindo de maneiras que não faziam a anos. Isso em contrapartida causou muita confusão para os leitores e evidente frustração para os escritores das revistas nas quais os personagens apareciam. E mais: as vendas eram suficientes para lançar uma mini especial chamada X-Force: Shatterstar, que teve quatro edições, em abril de 2005.

Entre julho e setembro de 1991, as revistas Uncanny X-men e X-Factor seriam envolvidas numa grande saga chamada "A saga da Ilha Muir". Nesse crossover, o antigo inimigo de Xavier, Rei das Sombras, retorna e destrói  a ilha de pesquisas de Moira McTaggert. Somente através das forças combinadas de ambas equipes, ele foi derrotado. Entretanto, ao invés de seguir seus caminhos separadamente, os X-men originais e atuais decidiram se reunir como uma única equipe.

Para os X-men, que agora totalizam 14, eles foram divididos em duas equipes: a Dourada e a Azul. A Equipe Dourada, formada por Jean Grey, Homem-de-Gelo, Arcanjo, Tempestade e Colossus, foi apresentada em Uncanny X-men.  Nessas edições foi introduzida a história da viagem no tempo do Bishop, que se tornaria um X-man. Esse time continuaria por vários anos, antes dos escritores começarem a ultrapassar a linha que dividia as duas equipes, usando os personagens de uma equipe em outra e em algumas ocasiões com a história oscilando entre as revistas Uncanny X-men e...

... E o outro título que começou em 1991. Em outubro daquele ano uma nova X-men #01 enfeitava as bancas, a primeira desde que os X-men resolveram se tornar um único time. Esse segundo título dos X-men trazia o time da Equipe Azul, que consistia de Ciclope, Psylocke, Wolverine, Jubileu, Fera, Gambit e Vampira. Como no outro título, esse rol continuaria por vários anos, até que os estilos editoriais levassem os dois títulos a terminar com o conceito de esquadrões separados.

Com os X-men originais deixando a X-Factor para se tornarem X-men novamente, um título ficou sem elenco.  Entretanto, depois da saga da Ilha Muir, vários dos habitantes da ilha foram recrutados por Val Cooper da Comissão de Atividades SuperHumanas para formar uma equipe patrocinada pelo governo para substituir o atual defunto Freedom Force.  Essa nova X-Factor era composta por Destrutor, Polaris, Mercúrio, Fortão, Homem-Múltiplo e Lupina. Novos membros iriam incluir Forge, Mística, Selvagem, Dentes-de-Sabre, Lasca.

Esse novo X-Factor iria passar por tempos difíceis, rebeliões contra seus manipuladores do governo e se tornariam foras-da-lei. Depois de 12 anos de publicação, a série terminou em setembro de 1998. A série foi cancelada para dar espaço a Mutante X, que estreiaria no mês seguinte, mostrando as aventuras de um membro da X-Factor, que encontrava ele mesmo transportado para uma realidade alternativa onde o resto do mundo acreditava que ele estava morto. A série foi eleita para retornar, após as 12 edições de Mutante X, no entanto a série se tornou popular o suficiente para continuar por conta própria. Isso deixou o X-Factor num hiato permanente e lançou linhas de histórias que deveriam ser concluída na nunca publicada edição #150.

Dois anos depois da série da X-Force começar, o personagem que era a força propulsora da mudança, Cable, recebeu sua própria série. Em 1992, Cable ganhou uma minissérie em duas edições chamada "Sangue e Metal" que explorava alguns aspectos de seu passado. Em maio de 1993, ele recebeu uma série fixa, agora chamada apenas Cable, que vários anos depois seria substituída por uma outra com o mesmo nome. Depois de deixar 107 edições e ser cancelada em Setembro de 2002, a série do Cable teria mais mudanças no tom e na direção do que qualquer outro X-título. Originalmente concebido como um "Soldado dos Soldados", suas armas de escolha sendo obscenas e enormes armas, o personagem evoluiu para um com uma metodologia um pouco mais cerebral, deixando de lado suas armas e se dedicando aos poderes psíquicos. Ao longo da série Cable se transforma numa espécie de Guerreiro pela Liberdade Global, beirando se tornar uma figura messiânica. Alguns anos mais tarde, com reformulações na Marvel a série do Cable foi cancelada e substituída, nos Estados Unidos por uma revista chamada Soldier X.

Desde a mudança dos Novos Mutantes a X-Force em 1991, houve uma distintiva mudança no tema "Escola para Mutantes" no X-Universo.  Isso mudou em novembro de 1994 com o lançamento de Generation X. A série começou como um especial que fundia diversos x-títulos e se chamava "Convenção Falange". Jovens mutantes haviam sido reunidos por uma raça alienígena tecnológica que desejava os adquiri-los para torná-los da raça tecnoorgânica. Depois que a Falange foi derrotada, Xavier e Emma Frost resolveram abrir uma nova escola, dessa vez na Academia Massachussets em Boston.

A classe inicial com Jubileu, Sincro, M, Escalpo, Skin, Câmara, se tornaria a Geração X. Muito semelhante a sua versão anterior, Os Novos Mutantes, os estudantes da Geração X não queriam ser heróis. No entanto eles pareciam sempre encontrar sua cota de aventuras e encrencas. A série teve 75 edições e foi cancelada em Maio de 2001 durante um novo rearranjo da estrutura dos X-títulos da Marvel.
CAPÍTULO 5  Meio dos Anos 90 a 2001: Uma franquia apressada!
O meio da década de 90 foi tumultuada para a Marvel e para os quadrinhos em geral. Uma cultura de especulação sobre a compra de quadrinhos havia tomado os leitores e as maiores editoras vendiam mais e mais títulos a fim de conquistar o mercado. O fato de que zerar as revistas (publica-las a partir do #01) mantinha os recordes de vendas, somente ajudou a por mais lenha na fogueira. O recorde de vendas de X-Force #01, em 1991, por exemplo, foi suplantado alguns meses mais tarde por X-men #01.

Em março de 1995, a Marvel teve um evento como nunca havia tido no passado, o que levou ao cancelamento de todos os x-títulos. Por um tempo.

De março a junho de 1995, todos os x-títulos foram cancelados e substituídos por outro título, que foi publicado por 04 edições. Isso foi o resultado de uma saga que se chamou A Busca de Legião, que provocou a linha que alteraria todo o Universo Marvel a um universo onde o x-vilão Apocalipse governava a América havia dez anos.  Esse novo mundo, bem como o mais aterrador x-crossover já lançado, foi chamado de A era do Apocalipse.

Enquanto a Era do Apocalipse chegava a um fim e o Universo Marvel normal era reestabelecido, haviam alguns detelhes que iriam permanecer. Durante o evento a revista do Cable foi substituída por uma nova chamada X-man, que estrelava um personagem que era a prole genética de Scott Summers e Jean Grey (muito semelhante aos pais de Cable, Scott Summer e Madelyne Pryor, um clone de Jean) Apesar de não haver uma correlação direta, as similaridades eram suficientes para torna-los irmãos. E o personagem foi considerado interessante o suficiente para continuar. 

Um ano mais tarde, a Marvel resolveu lançar um outro mega-crossover, tão grande quanto a Era do Apocalipse: Esse mega-crossover ficaria conhecido como Saga do Massacre e se tornaria uma encruzilhada para muitas histórias.  Primeiro, era a culminação do mistério do x-traídor, que pairava no ar desde a chegada de Bishop ao presente. Era também uma saga ligada a saga Fatal Attractions (publicada no Brasil como X-men gigante #01), que trazia à luz ramificações da lavagem cerebral que Xavier havia feito em Magneto. E por fim, amarrava a continuidade do Universo Marvel, pois dava uma razão para o evento seguinte, no qual a Marvel estava cancelando as revistas do Quarteto Fantástico, Vingadores, Capitão América e Homem de Ferro. Essas revistas foram substituidas por um ano por um reboot chamado no Brasil de Heróis Renascem . Desde que esses heróis não mutantes foram aparentemente assassinados (na verdade haviam sido enviados para uma "dimensão bolso" por Franklin Richards) o público tinha um motivo ainda maior para desconfiar e odiar mutantes.


Em 1997, surgiu também a revista do Deadpool. Mesmo não sendo um mutante, o personagem era inexoravelmente ligado aos x-títulos. Sua primeira aparição foi em Novos Mutantes, sendo uma dor consistente ao lado da X-Force, e depois revelou ter sido ligado ao Programa Arma X no passado. Quando sua própria revista começou, Deadpool já havia protagonizado duas minisséries com quatro edições. Durante seu curso, a revista Deadpool iria unir ação com humor negro, e é uma revista de um humor raro, que frequentemente quebra a "Quarta Parede" (provavelmente a parede que separa o Editor do Personagem, o DeadPool é todo cheio da meta linguagem, ele tem consciência de que é um personagem de quadrinhos e vive brincando com isso, provocando tanto editores e escritores quanto leitores), com seus personagens falando diretamente com os leitores. A série eventualmente terminou em Setembro de 2002 com 69 edições.  Depois, nesse mesmo mês, inaugurariam a revista Agente X, que trazia como protagonista um personagem amnésico, que poderia possivelmente ser um Deadpool reencarnado. Apesar do sucesso de crítica, as vendas baixas fizeram com que o título fosse cancelado, com 15 edições em Dezembro de 2003. Alguns meses mais tarde, seria substituida pelo título germinado Cable e Deadpool. 


Do ramo de x-títulos dos anos 80, somente dois restaram: X-Factor e Wolverine. Em 1998 haveria apenas um. O título do X-Factor foi colocado em um hiato (e depois efetivamente cancelado) e substituído por Mutante X. Nesse título, Destrutor se encontrava muito vivo numa dimensão alternativa, na qual a história tinha acontecido de um modo um pouco diferente. Substituindo o Destrutor dessa linha de tempo, Destrutor fez desse novo mundo sua casa, até ele pode encontrar seu caminho de volta. Muitos consideram a série do Mutante X muito imaginativa, especialmente nas primeiras edições. Entretanto a série foi cancelada em junho de 2001 com 32 edições.

Uma outra série solo foi lançada em 1999, essa para o personagem Bishop. Na verdade, Bishop já tinha tido várias séries solo antes, mas essa série trazia uma proposta e um nome um pouquinho diferentes: se chama Bishop: O último X-man. Como na série do Mutante X, nessa o protagonista também se encontrava em uma linha de tempo alternativa.  Bishop teria ainda muitas aventuras extra-dimensionais antes de retornar a linha de tempo convencional dos X-men, em Segurança Máxima.  (Início da publicação pela Panini no Brasil !). A revista do Bishop foi rapidamente cancelada em abril de 2001.

Antes do fim de 1999, em Dezembro, a Marvel tentou algo novo. Quando a primeira série dos X-men foi cancelada, em 1970, com 66 edições, o Universo Marvel prosseguiu sem as aventuras da equipe de jovens mutantes. Agora sem o próprio título, a equipe fez algumas aparições nas revistas de outros heróis, mas estavam inativos de qualquer forma. Em dezembro de 1999, John Byrne se preocupou em cobrir o buraco que tinha ficado entre X-men #66 e as primeiras novas aventuras em Giant Size #01, com um título chamado X-men: Os anos ocultos. A idéia era mostrar o que o grupo estava fazendo entre aqueles anos e cobrir a falhas da nova série. Infelizmente, apesar da série ter sido bem recebida e as vendas terem sido marcadamente decentes,  foi cancelada depois de 22 edições, durante uma reformulação editorial na Marvel. ( Por aqui essa série era publicada na X-men formatinho da Abril, como histórias secundárias, era bacana!)

Maio de 2000 foi um tempo de mudança para os x-títulos. Os poderes editoriais que resolveram sacudir todas as x-revistas, com novas direções para todas elas, o que resultou no evento conhecido (nos EUA, creio porque nunca ouvi falar de nada parecido no Brasil) como o Salto de Seis Meses. Trazendo um revolucionário logotipo para marcar a ocasião, todas as revistas tiveram um período de seis meses passados no tempo da história. A idéia era dar uma súbida sacudida em todos os x-títulos e equipes, com novos uniformes, equipes e até mesmo poderes. Como isso foi súbido e sem explicações, os escritores teriam meses e até anos para histórias em potencial, explicando o que havia acontecido durante os meses perdidos. Para fazer esse evento ainda mais especial, Chris Claremont retorna para a revista. Seu retorno, em Junho de 2000, foi a primeira vez que ele escrevia X-men, desde sua saída em 1991.

Apesar dessa construção e do energia editorial por trás disso, muitas questões por trás do período do Salto de Seis Meses, permaneceriam sem resposta. Cerca de um ano depois dessa Revolução, novas decisões editoriais causariam ainda novas alterações nos x-títulos, fazendo com que quase todos os mistérios fossem esquecidos.

A Marvel havia tentado várias vezes, desde meados da década de 80, criar uma linha de histórias fora do Universo Marvel normal, a Terra 616. Tentativas anteriores incluem o Novo Universo, a linha 209 e Marvel Next (?). Entretanto, sem dúvidas o mais bem recebido e popular foi a linha Marvel Ultimate, que começou com Ultimate Spider-Man em 2000.

A idéia era criar um novo universo, com personagens existentes, mas atualizados em uma existência mais moderna. Uma vantagem disso, era que novos leitores não teriam que conhecer décadas de história e continuidade, e então seria perfeito para uma nova geração de fâs de quadrinhos. Ao mesmo tempo apelaria para antigos leitores, pois se referia aos mesmos personagens que eles amavam, mas alterados de maneira súbita e interessante.  Com as fortes vendas iniciais de Ultimate Spider Man,  que continuavam conforme o título avançava, a Marvel se sentiu confiante o bastante para criar novos títulos Ultimate, dentre eles Ultimate X-men, que começou em fevereiro de 2001. Durante os primeiros anos, as vendas se equiparam às da revista original. No entanto, com o tempo o interesse tanto dos leitores quanto dos editores na linha Ultimate decaiu, levando ao cancelamento da maioria das revistas da linha, no começo de 2009.


CAPÍTULO 6:  2001: Uma nova evolução nos X-Títulos.

O verão de 2001 era novamente um tempo de mudanças. No breve intervalo entre Junho e Agosto duas revistas existentes seriam transformadas e duas novas seriam criadas. Era também o início do período dos X-men sem uniforme.

Em Uncanny X-men #394, de julho de 2001, uma nova equipe criativa iniciava na revista. Houve um espaço de tempo entre edições subsequentes: os mutantes eram muito mais prevalentes. Jean Grey que tinha perdido sua telecinese, agora a tinha de volta. E a escola em si iria passar por algumas mudanças. As mudanças seriam bem mais drásticas no título X-men, que passou a se chamar New X-men, com a chegada do escritor Grant Morrison, que imediatemente mudou todo o cenário.  Subitamente a população mutante do mundo girava em torno de 32 milhões, com a metade dessa população sendo aniquilada com a destruição de Genosha... e nas mãos da nova irmã gêmea de Charles Xavier, Cassandra Nova. A levada de Morrison encontrava resistência em alguns fãs, pois muitos não gostaram do conceito de mutação secundária, do caso de Ciclope com Emma Frost, ou a revelação de que o 'X" em Arma X era um numeral romano e não uma letra. Mesmo assim, quando Morrison deixou a revista, alguns leitores disseram que ele não deixou sua marca. 

Ao mesmo tempo foi lançado um terceiro título com o nome X-men. Era escrito por Chris Claremont e se chamava X-treme X-men.  Nesse título, Claremont dava continuidade para algumas linhas de história que havia começado a desenvolver quando voltou a escrever Uncanny X-men por um curto período de tempo. X-treme X-men (que era uma merda, diga-se de passagem) teve 46 edições e encerrou em junho de 2004.

Em agosto de 2001 ocorreu a última das grandes mudanças, pelo menos por um tempo, com a estréia de um novo título chamado Exiles. Um título completamente novo no conceito, os Exilados eram uma mistureba de personagens de diversas realidades alternativas, como Blink da Era do Apocalipse e Nocturna. Essa popular série, era uma na qual os escritores tinham escolhas praticamente ilimitadas, como quase todos os personagens ao longo de toda a série, eram de realidades altervativas,  nos quais qualquer coisa poderia acontecer e a quem qualquer coisa poderia acontecer. Isso estava num duro contraste com os personagens da linha principal, a quem os editores tinham receio de deixar acontecer algum evento muito drástico, possivelmente como um cuidado com o futuro e a popularidade do personagem.

Durante os primeiros anos de publicação, os personagens principais não estavam no controle do próprio destino, constantemente se encontrando sendo mandados para missões, pelo misterioso Corretor do Tempo.  No entanto, mesmo depois que a agenda secreta do Corretor do Tempo foi exposta, o grupo continuou seu dever de tentar salvar o multiverso. Mesmo agora, estão atuantes e elegendo suas próprias missões.

O título Exilados teve 100 edições, e foi imediatamente relançado num título chamado, sabe-se lá por que, Novos Exilados. No entanto, a aparente falta de direção do título se mostrou impopular, levando a baixas vendas e ao cancelamento em abril de 2009 e depois disso foi substituída por Exilados (2.a série), alguns meses depois.

O antigo título da X-Force mudou drasticamente, permanecendo o mesmo apenas no nome. No número 116 Peter Milligan assume o cargo de escritor do título, criando todo um novo elenco de mutantes. Com a original força de ataque mutante X-Force sendo considerada como morta pelo mundo (na verdade eles estavam escondidos), esse novo grupo pegou o seu nome para reconhecimento imediato. Sendo mais uma jogada de marketing, uma franquia para fazer dinheiro, do que uma equipe de super-herois, essa nova X-Force era composta por celebridades autocentradas, lutando por fama e fortuna.  A nova série não era muito popular com os fãs mais hard-core da antiga X-Force, mas de fato, conquistou seguidores leais, por ser tão diferente.  Na tentativa de fazer uma limpeza, a antiga série X-Force foi cancelada e substituída pela nova X-Statix. X-Statix, como o próprio grupo resolveu se chamar, durou apenas por 26 edições.
 Outro pacote de relançamentos começou em agosto de 2002, cada qual sendo cancelamentos de séries prévias, levando a novas. Duas dessas séries teriam vida curta, mas uma permanece sendo publicada até hoje.

O primeiro título foi o de vida curta, Agente X, que de certa forma era uma continuação da falecida revista Deadpool. A segunda revista foi para o personagem Cable. Como X-Statix, esse relançamento fazia parte de um conjunto de relançamentos previamente programados. A partir de 2001, a revista do Cable toma uma nova direção, deixando de lado o enorme guerreiro do futuro super armado, Cable era agora um soldado internacional da liberdade, lutando contra organizações opressivas, ao redor do mundo, em países esquecidos. Para refletir essas novas mudanças a revista foi cancelada e relançada como "Soldado X". Mas infelizmente, o título foi cancelado em 2003 após 12 edições.

No fim de 2002, a Marvel tentou acertar a mão com uma série nada ortodoxa chamada Arma X. Em outubro, seis edições especiais de Arma X foram publicadas, trazendo alguns personagens para estrelarem cada uma dessas edições: Agente Zero, Kane, Medula, Sauron e Selvagem. Os personagens titulares eram recrutados pelo enigmático programa Arma X, que acabava de ter sido reintroduzido nas páginas de Wolverine e Deadpool.  Em dezembro esses recrutas formaram uma nova equipe, mostrada no novo título Arma X.

CAPÍTULO 7:  2004: Un novo round de mudanças. 

Mesmo tendo sido a vilã favorita dos fãs por anos, Mística nunca tinha sido o centro das atenções de uma história. Isso mudou em junho de 2003, quando ela chegou a sua própria série, chamada Mística, onde ela se torna uma relutante operativa secreta para o Professor X.  A série, no entanto, durou apenas dois anos.

Outra série de vida  curta que começou em 2003 foi Emma Frost, uma série que mostrava a juventude de Emma e seu rompimento com sua família rica.

Depois do cancelamento de Geração X, Grant Morrison reincorporou o tema de Escola de Mutantes alguns meses mais tarde, em New X-men. No entanto, como esse título era mais focado nos personagens principais, a Marvel lançou um título dedicado somente aos estudantes. Assim começou a segunda geração de Novos Mutantes, em junho de 2003, que estrelava alguns da equipe original, agora servindo como professores de uma nova geração. Como essa série foi muito popular entre os leitores, a Marvel resolveu relançá-la em 2004 junto com vários outros x-títulos.

Logo depois disso, o título passou por várias mudanças, depois do evento conhecido como Dia M, que resultou na perda de poderes mutantes por parte da maioria dos mutantes vivos. Os poucos estudantes que haviam restado não eram suficientes para constituir uma escola, e foram reaproveitados por Ciclope e Emma Frosta em uma nova equipe que representaria a nova geração de X-men - e esses foram oficialmente reconhecidos como Novos X-men. Ao longo desse título, os Novos X-men encaravam diversas ameaças e temas da série anterior de Novos Mutantes, e também de histórias de Uncanny X-men de anos atrás, como Reverendo Stryker, o sentinela do futuro conhecido como Ninrod, e o retorno de Illyana Rasputin.

O cancelamento desse título na verdade era uma estratégia para lançar outro, que culminou numa série chamada Young X-men. Entretanto esta teve vida curta e foi rapidamente cancelada. A série em questão deu espaço para ainda outra série dos Novos Mutantes, a terceira com esse nome.


Com o cancelamento de X-treme X-men em 2004, o número de X-títulos com os X-men principais estava reduzido a dois.  Então a Marvel resolveu lançar um terceiro gibi: Astonishing X-men. Com o número 1 em julho o famoso criador de "Buffy a caça-vampiros" e um fã de longa data de quadrinhos, Joss Whedon fizeram seu primeiro trabalho no mundo dos X-men e imediatamente se tornaram sucesso de crítica e entre os fãs. De fato a primeira linha de histórias, que trazia uma cura mutante, foi utilizada como ponto principal para a trama do terceiro filme dos X-men.

Apesar de aclamada pela crítica, a série rapidamente ganhou a fama de ser atrasada e o atrasado da sua conclusão surpresa, gerou problemas para os escritores dos outros X-títulos, que tiveram que modificar alguns eventos que ocorreriam após o final,  para não estragar a conclusão de Whedon e Casaday. Whedon deixou o título na edição #24, mas a revista é publicada até hoje, com outros criadores.

Outra série que que inaugurou em 2004 foi uma terceira versão de Excalibur. Nessa série, o Professor X se junta à ilha-nação de Genosha, quando decidiu deixar o Instituto Xavier a cargo de seus antigos alunos. Junto com alguns sobreviventes genoshanos, bem como com o surpreendentemente vivo Magneto (que aparentemente havia morrido recentemente), Xavier pretendia reconstruir a ilha. Apesar da série não ter nada a ver com a original, Chris Claremont gostava de pensar nessa nova série como uma continuação da saga do Rei Arthur, com Charles sendo um novo Rei Arthur. A série foi cancelada em 2005.

Outra série começaria em julho de 2004. Com o universo dos X-men agora nas mãos de Grant Morrison, a população mutante no mundo havia explodido. Um grande número deles havia se instalado na Cidade Alfabeto, parte de Nova Iorque que também era chamada de Cidade Mutante pelos nova-iorquinos. Os policiais chamaram essa parte da cidade de Distrito X, de onde veio o nome do título. Emprestado pelos X-men, à polícia local, Bishop se tornou o principal personagem dessa revista. O título entretanto foi cancelado em 2005.
CAPÍTULO 8:  X-men Desmontados (Disassembled).

Em agosto de 2005, um novo evento abalaria as estruturas dos X-men. Durante a linha de histórias Disassembled de Michael Brendis, na revista dos Vingadores, havia sido revelado que os poderes de alteração da realidade da Feiticeira Escarlate havia causado o caos por um certo tempo, talvez anos. A história se encaminhou a um final em Excalibur, quando Magneto resgata Wanda de uma captura e a leva para Genosha. Não levaria muito tempo para os heróis descobrirem o paradeiro da Feiticeira Escarlate, e, no início da minissérie Dinastia M, os X-men e os Vingadores viajam para Genosha para acabar de uma vez por todas com a ameaça da Feiticeira Escarlate. Percebendo que queriam causar mal à sua irmã, Mercúrio manipula Wanda para que ela recriasse o mundo inteiro, reformulando uma realidade onde os mutantes eram grande maioria e governavam o mundo, sob o controle de Magneto. Mas mesmo assim, os eventos conspirariam para um destruição da Dinastia M, conforme mais e mais heróis eram retirados do mundo de fantasia que Wanda havia criado. Quando eles eventualmente confrontavam ela, Wanda retornou a realidade a normalidade, com um exceção: usando seus poderes, ela eliminou o gene mutante fator X em 90 % de todos os mutantes do planeta, fazendo com que ser um mutante fosse novamente uma coisa rara.

A saga Dinastia M ocorreu não somente numa minissérie de oito edições, mas em quase todas as revistas da Marvel que tinham um ou outro personagem mergulhado na realidade da Dinastia M. No entanto, os resultados da dizimação da população mutante, seriam sentidos em todas as x-revistas e esse evento ficaria conhecido como o Dia M. Todos os títulos mutantes trataram sobre esse tema, mas cada um a seu modo. Com a mais notável exceção sendo a Polaris, a maioria dos X-men principais ficaram com seus poderes intactos, e eles se devotaram a ajudar os poucos mutantes deixados contra um crescente número de grupos anti-mutantes, que tentavam tirar vantagem do número reduzido do alvo.

No entanto, em contraste, os efeitos do Dia M foram sentidos muito perto de casa. Como a direção da revista era mostrar as aventuras de um novo e grande time de mutantes, a população da escola foi severamente exterminada, pela Decimação, o que deixou somente um punhado de estudantes com poderes. 

Outra ramificação imediata e quase surreal da Decimação do Escritório de Segurança Nacional do governo dos EUA, que mandou sentinelas para ostensivamente guardar, os X-men e os poucos mutantes remanescentes do mundo, como numa espécie de programa mutante de proteção a espécie em risco.  Mais do que meros robôs, esses novos sentinelas eram pilotados por pilotos humanos, muitos dos quais não davam a mínima para mutantes. Supostamente, os sentinelas deveriam proteger os X-men e os outros mutantes que vieram para a mansão em busca de abrigo, mas ao invés disso agiam como guardas, reforçando um gueto mutante e constantemente negando o direito a vida desses mutantes.

Outra revista que começou nesse mesmo mês foi um novo X-Factor, escrita pelo antigo escritor da série, Peter David. Um ano antes, Peter havia escrito uma minissérie chamada Madrox, que reintroduziu o personagem Madrox, agora como um detetive da cidade mutante. Junto com seus amigos, Fortão e Lupina, Madrox abriu o X-Factor Investigações. Alguns meses depois sairia uma nova revista nos EUA, agora com os membros Siryn, Rictor (recentemente sem poderes) e a enigmática Layla Miller, que tinha exercido um papel crucial na saga Dinastia M.


X-Factor se passava na Cidade Mutante, e após a Decimação esse lugar já não mais existia. Agora, pós-dia M, o grupo tinha a dupla missão de trabalhar por seus clientes e atuar como advogados para os antigos mutantes que ainda residiam no que foi chamado de Cidade Mutante.

Alguns meses mais tarde, um outro novo título seria lançado. No entanto esse não tinha relação com a Decimação, era ainda resultado da linha de histórias da Dinastia M.  A revista foi chamada de Wolverine Origens. Durante a saga Dinastia M, as memórias de Wolverine haviam sido restauradas, um fenômeno que permaneceu verdadeiro mesmo depois que a realidade foi restaurada. Agora, sem mais incertezas acerca de seu passado, Wolverine se envolve numa busca pessoal para confrontar o que havia sido escondido dele. Ao longo de três anos de publicação, a série retomou temas do passado, como as animosidades entre Wolverine e Cyber ou Omega Red e a interação com o Capitão América e Buck durante a Segunda Guerra Mundial. Mostraram também a Equipe X e a misteriosa Lâmina Marumasa. No entanto, a revista também abriu novos horizontes, ao revelar que Wolverine tinha um filho chamado Daken e também a família extendida de Wolverine e suas conexões com os Hudsons. Adicionalmente, Origens também explorou uma idéia previamente introduzida na série regular de Wolverine, que um enigmático ser conhecido somente como Romulus, parecia estar envolvido em muita coisa do passado de Wolvie. Toda a série foi escrita por Daniel Way.

2006 traria uma nova série dos X-men, que não tinha relação alguma com a Decimação: era X-men:First Class. Essa série se tornaria popular o bastante para sustentar uma revista própria. O conceito de First Class seria situar histórias nos primeiros anos da equipe de X-men originais, estudantes e heróis. De acordo com a Marvel, essas histórias deveriam estar na continuidade normal, mas devido a uma série de inconsistências, como diferenças nos uniformes dos personagens e estranhas mudanças, como o Cérebro agindo como um professor cibernético, atraiu a crítica dos fãs.

Desde os eventos da Dinastia M e Decimação, com a grande redução da população mutante, levou muitos a acreditarem que os mutantes estavam a caminho de se tornarem uma espécie em extinção. Esse horror específico foi mostrado na saga Espécie em Extinção. Imediatamente após essa saga, começaria Complexo de Messias, que iria afetar todas as revistas mutantes. A história começou em dezembro de 2007, com uma história central que desembocaria em outras histórias nas principais revistas. Essa história era desenhada pelo célebre Marc Silvestri. A história mostrava uma disputa entre vários grupos mutantes e não-mutantes, para localizar um bebê recém-nascido, cujos detectores de mutantes mundo afora anunciram ser o primeiro nascimento mutante desde o dia M. Eventualmente, a bebe, uma garota, havia sido encontrada por Cable, que aparentemente estava morto. Ele explicou para os X-men que no futuro da sua linha de tempo a garota cresceria para se tornar a messias da população mutante. No entanto, Bishop discordou, dizendo que a garota se tornaria a fonte de todos os problemas do seu futuro. Incapaz de predizer com certeza o que a garota se tornaria, Cable resolve protegê-la para garantir o seu possível futuro e Bishop tenta assassiná-la para eliminar o próprio futuro sombrio. 

A culminação da história leva um confronto entre os X-men e os Carniceiros, enquanto Ciclope dá o bebê para Cable, acreditando que ele poderia proteger a bebe por tempo suficiente até ela mesma decidir o próprio destino. Essa decisão encerra o arco Complexo de Messias, mas levaria a várias mudanças nos outros títulos.


Durante o conflito, Ciclope percebe que a ameaça que estavam enfrentando precisava de um contra-ataque na mesma medida. Um time com mais poder letal, que faria tarefas que a equipe regular de X-men não faria. Para realizar isso, Ciclope autoriza Wolverine a juntar um time secreto que foi chamado de X-Force.  Os membros originais desse grupo eram: Wolverine, Lupina, Pássaro Trovejante, X-23 e Caliban, esse último morreu durante a caçada ao bebê. Após o conflito, a equipe continuou numa nova sequencia da X-Force, a terceira, que começou em abril de 2008 e é publicada até hoje. Ao longo do primeiro ano de publicação do título, novos membros seriam adicionados, como Arcanjo, Elixir, Dominó e Vanisher.

Apesar de não ser um novo título, uma nova série começaria em Abril de 2008 quando X-men passa a se chamar X-men Legacy. Na batalha final do arco Complexo de Messias, o Bishop havia dado um tiro na cabeça do Professor Xavier. Agora reanimado por tecnologia Acólita, Xavier luta para reorganizar suas memórias... e portanto seu passado. 


Com X-men se tranformando em X-men Legacy, o Complexo de Messias também transformou os Novos X-men. Mas ao invés de uma simples mudança de nome, o título foi cancelado e substituído por um novo, chamado Jovens X-men. Do velho time de Novos X-men, estariam nessa nova equipe Olhos Vendados, Pó, Lobinho e Pedreira e juntaram-se a eles os novos personagens Tatuado, Cifra e Graymalkin e depois Miragem, Mancha Solar e Anole. Apesar do relançamento a série teve pouca saída e foi rapidamente cancelada.

Enquanto isso, apesar de não estarem passando por relançamentos, os outros principais títulos X-men (Uncanny X-men e Astonishing X-men) passariam por grandes mudanças. Abandonando sua histórica base de operações na propriedade de Xavier em Westchester, Nova York, os X-men se mudam para São Francisco, Califórnia, onde eles são bem recebidos pela população geral e recebem reforço da lei local. Essa mudança de estilo, estaria apenas começando nos dois títulos. 

Após o Complexo de Messias surgiram ainda duas outras séries, a do Cable, onde ele protege Esperança do Bishop, e uma nova série do Excalibur e Capitão Britania.

CONCLUSÃO

Nessa última década, o mundo dos X-men e dos mutantes parece ter sido sequestrada para uma seção própria dentro do Universo Marvel. No entanto, ao longo dos últimos anos isso tem lentamente mudado. A saga Dinastia M serviu como um tronco para as histórias tanto dos X-men quanto dos Vingadores e a atual saga Reinado Sombrio vai ter uma versão própria de X-men Sombrios. Da mesma forma, na parte Cosmica do Universo Marvel teremos participação de personagens relacionados aos X-men, os Piratas Siderais, na saga Aniquilação.

Enquanto isso, as revistas dos X-men seguem explorando novos territórios, com personagens se instalando em novos cenários como Sâo Francisco, Detroit, tratando de temas bem diferentes e de suas relações com o mundo lá fora. Há algo para todo mundo, novo ou velho x-leitor!